FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DO ESTADO DA BAHIA

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O comércio varejista da Bahia deve crescer 10% em 2018, segundo Fecomércio-BA

Comércio
15 de maio de 2021

O ano de 2018 se inicia com mais otimismo na economia. O país conseguiu se recuperar da crise com crescimento do PIB de 1% no ano passado, segundo estimativa, e deve crescer 3% este ano. O desempenho mais favorável está relacionado à continuidade de melhora do ambiente de negócios, com inflação e juros mais baixos, além da melhora no mercado de trabalho. A economia baiana deve seguir esta tendência positiva, sobretudo o comércio varejista. De acordo com a Fecomércio-BA as vendas devem crescer 10% em 2018 na comparação com 2017 atingindo um faturamento de R$ 66 bilhões, ou seja, um aumento de seis bilhões de reais no varejo do Estado.

Entre as dez atividades analisadas pela Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV) oito devem registrar variação positiva, uma estabilidade (Outras Atividades) e uma retração -3% no setor de Concessionárias de Veículos. O destaque para este ano fica para a área supermercadista, com crescimento de 11% atingindo 23,8 bilhões de reais de faturamento. Por ter o maior faturamento do Estado, este setor exerce mais influência sobre o resultado final, o que significa 3,8 pontos percentuais em participação absoluta.

As demais variações positivas são das seguintes atividades: Autopeças e Acessórios (+32%), Eletrodomésticos e Eletrônicos (+29%), Móveis e Decoração (+16%), Farmácias e Perfumarias (+11%), Vestuário, Tecidos e Calçados (+7%), Departamentos (+4%) e Materiais de Construção (+3%).

Outras pesquisas da Federação mostram que consumidores e empresários do comércio estão mais otimistas. O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) fechou o ano passado com quase 84 pontos, 4% superior ao registrado no final de 2016. E o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) encerrou 2017 com patamar 8% maior que no ano anterior, de 107 pontos. (ambas as pesquisas a pontuação varia entre 0 e 200 pontos).

O maior poder de compra está relacionado à inflação mais baixa, 2,4% no acumulado de 12 meses na RMSA e deflação (-2,1%) em alimentos. O índice de preços deve subir um pouco mais em 2018 por conta de alguns fatores como demanda mais alta, safra agrícola menor, preço dos combustíveis, dentre outros.

Entretanto, mesmo com o índice de preços pressionando um pouco mais, o orçamento das famílias não vai ser afetado, por outro lado, é prevista a ampliação gradativa da renda por causa da melhoria do mercado de trabalho. Segundo o CAGED, de janeiro a novembro, houve um saldo positivo de quase 19 mil vagas com carteira assinada no estado da Bahia. O trabalho informal também vem colaborando para que as famílias consigam ampliar o seu consumo. A expectativa é que essa variável, emprego, deve ser o destaque em 2018, sendo o fator importante para o crescimento nacional e regional.

O ponto de instabilidade em 2018 está no cenário político. Enquanto não houver um pouco mais de clareza sobre o próximo presidenciável a economia vai continuar reagindo, com crescimento relativamente baixo, aproveitando a capacidade ociosa existente, mas sem a injeção dos grandes investimentos.

Portanto, as condicionantes do consumo (renda, emprego e crédito) estão consolidadas e o reflexo no varejo da Bahia será neste aumento nas vendas estimado em 10% para este ano. O cenário de curto prazo está dado, mas o quadro eleitoral é que pode acelerar, no longo prazo, esse novo ciclo de crescimento ou levar o país a um desarranjo das contas públicas com crescimento econômico limitado.

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