FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO DO ESTADO DA BAHIA

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ARTIGO: Vacinação já!

Comércio
15 de maio de 2021

No momento em que surgem os sinais de uma segunda onda de contágio do coronavírus é indispensável que o governo brasileiro dê início à vacinação o mais rápido possível. Essa é a principal ação no âmbito da saúde pública e, também, a principal medida de política econômica como, aliás, reconheceu o Ministro da Economia, Paulo Guedes. É verdade que, frente ao aumento de casos de Covid-19 e a possibilidade de a taxa de ocupação das UTIs chegar ao limite, não há outra alternativa senão seguir o que manda a ciência valendo-se de medidas como o uso de máscaras, a higiene das mãos e a adoção do distanciamento social. E a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia vai se unir às autoridades e a todos os baianos no sentido de colocar a vida em primeiro lugar. É preciso ter em mente, no entanto, que a ampliação do isolamento social deve ser feita com cautela já que com o fim do auxílio emergencial, milhões de pessoas precisarão trabalhar para sobreviver. Por isso, o início da vacinação é fundamental porque, ao priorizar os profissionais de saúde e as populações de alto risco preserva os grupos mais vulneráveis e à medida que se expande, as internações vão se reduzindo, a taxa de ocupação das UTIs fica menos pressionada, o sistema de saúde pode administrar com mais eficiência a pandemia e a população, sem esquecer os cuidados que ainda devem permanecer, podem gradualmente voltar ao trabalho. Na verdade, o ideal seria a manutenção do auxílio emergencial por mais alguns meses, afinal há, neste momento, quase 15 milhões de desempregados no país e, com o agravamento da pandemia, a tendência será de ampliação desse contingente. Fundamental também será a manutenção das medidas de apoio aos pequenos e médios empresários inclusive medidas que facilitem o adiamento do pagamento de impostos.

É verdade que as contas públicas requerem cuidados especiais, mas nessa hora cumpre cortar os gastos supérfluos e as extravagâncias de Brasília para socorrer a população e os pequenos empresários. Não há dilema entre saúde e economia, ambos precisam ser preservados, assim é preciso adotar uma política racional, que coíba as aglomerações, faça intervenções localizadas e exija a observância rigorosa dos protocolos de segurança. Ao mesmo tempo é preciso manter o funcionamento da economia que gera emprego e renda e constrói o futuro de uma nação. Em Salvador, por exemplo, 70% do PIB é gerado no setor serviços, o que mais sofreu no ano passado, e as empresas do setor que chegaram ao limite da sobrevivência, precisam ser tratadas com cautelas pelas autoridades, pois elas não suportarão mais um período de restrições amplas. Na economia baiana a retomada dos negócios é uma realidade, e isso mostra a eficiência de nossa base produtiva, mas ainda estamos longe dos níveis de atividade verificados antes da pandemia. Não podemos interromper essa recuperação, por isso o caminho para o Brasil e para a Bahia é o da à vacinação imediata.